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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

29 setembro 2015

Temos Segundas Chances

No mundo competitivo que nós vivemos dificilmente as pessoas conseguem uma “segunda chance”. Na sociedade capitalista, não há margem para erros pois, para se tornar um “campeão”, é preciso superar obstáculos sem cair, avançar a qualquer custo até que você chegue ao topo da pirâmide. Sim, isso esmaga as pessoas! Quantos tenho encontrado caídos no asfalto dos dias porque, simplesmente, não conseguiram bater as metas que lhes estavam propostas. Gente fraturada de alma e decaída de espírito, amargurada pelo fato de não ter conseguido o emprego dos sonhos, a casa dos sonhos, o marido dos sonhos, a viagem dos sonhos... Bem afirmou o humorista Millôr Fernandes, “Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”. Quem caiu do pináculo da glória, quem imagina ter tido uma perda irreparável tem a sensação de que a vida terminou, que existir se tornará apenas, um seguir de um rastro que leva a existência sempre ao mesmo ponto, numa mesmice insuportável. Assista a essa mensagem e comprove que Deus está sempre nos dando "segundas chances"


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02 setembro 2015

Igreja sem Fronteiras

A religião incutiu nas pessoas que a única tarefa da igreja é a evangelização dos perdidos. Uma vez que eles aceitem a informação histórica a respeito de Jesus e se enquadrem na agenda institucional, o objetivo foi atingido. O cristão deste tempo existe em meio a uma dinâmica bipolar, alterna vida cotidiana com vida espiritual, amarga existir em mundos que não se tocam, não se comunicam. Desde Agostinho a fé foi polarizada pela influência do neoplatonismo que separou as demandas seculares das realidades ligadas à espiritualidade, excluindo, assim, o sagrado do convívio humano natural, onde os dramas e as dores do existir acontecem todos os dias. Em função disto, a história do cristianismo ficou marcada pela impossibilidade da igreja de lidar com questões singulares das sociedades humanas. Ela declinou, por exemplo, de combater a escravidão na Europa, caçou desafetos de outras crenças, resistiu à ciência no iluminismo, fechou o céu para os negros, calou-se diante do holocausto, eximiu-se de defender a mulher, apoiou ditaduras perversas, excluiu dos sacramentos divorciados, negou a salvação aos gays, dentre tantas questões que revelam um tipo de confissão que apenas promove guetos alienantes, os quais formam seres humanos impermeáveis a tudo que não diga respeito à doutrina e a salvação. O resultado, portanto, não poderia ser outro. A cultura religiosa que está aí, como afirmou Gramsci, cientista político italiano, é “a utopia mais gigante, a mais metafísica que a história jamais conheceu”. A igreja contemporânea, de forma pragmática, para nada aproveita a não ser anunciar um tipo de sotereologia que salva uma parte do indivíduo, enquanto a outra agoniza a céu aberto. Assista a mais esta emocionante mensagem!
       

A Relatividade das Revelações




Percepções espirituais, além de serem muito pessoais, estão impregnadas de nossas próprias visões de Deus e do sagrado. A fenomenologia da revelação muda de indivíduo para indivíduo, podendo construir elaborações particulares ou arquetipias coletivas.

Moisés, por exemplo, viu o paraíso como um jardim, num contexto lúdico, cheio de beleza e poesia. Já o apóstolo João, que se radicou durante muitos anos em Éfeso, a segunda maior metrópole do mundo antigo, viu o paraíso como uma cidade, a Nova Jerusalém, que assumia a representação de uma nova sociedade, construída com os valores do Reino de Deus.

Paulo, por outro lado, em seu arrebatamento extático, não quis fazer asseverações concretas daquilo que viu e ouviu sobre a eternidade e o mundo por vir, o que denota o quão pessoal e intimista foi sua experiência.

Mas alguém pode perguntar: como é, então, o paraíso? Um jardim, selado por Deus depois da queda e guardado para ser usufruído apenas pelos salvos em Cristo? Uma cidade, aos padrões das metrópoles imponentes, com casas, ruas árvores e praças? Uma ambiência dimensional, tão distante de nossa realidade que é impossível descrevê-lo ou compará-lo a algo?

Ora, aquilo que hoje vejo e sobre o que penso, por mais subjetivo que seja e por mais metafísico que se represente, ainda está possuído pelas minhas percepções humanas, meus condicionamentos e minhas relatividades. Assim, toda visão que possuo, mesmo produzida por uma ação divina, ainda carrega as impressões do meu próprio olhar do mundo e da vida.

Ao despois, todavia, quando o que é em parte se tornar perfeito e o corruptível se revestir de incorruptibilidade, àquilo que é subjetivo se tornará concreto e definível, pois Deus fará com que mente e coração convirjam com vistas a compreensão de todas as coisas.

Sim, creia, um dia nós veremos com os olhos do Pai, discerniremos todas as coisas a partir dele, o que é e o que não é. Hoje, já há algo de divino em nós, mas continuamos a existir como o agora e o ainda não. Amanhã, todavia, seremos o que, irremediavelmente, fomos destinados para ser, conhecendo como somos conhecidos, refeitos e ressignificados para a glória e o propósito insondável do Senhor.

© 2015 Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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