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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

25 agosto 2015

A Igreja e sua Responsabilidade Social e Política



Jesus não era um homem do templo, mas das ruas. Ele não vivia de conchavos na coxia da religião, nem frequentava os bastidores do sinédrio, não estava entre os teólogos de Israel, ortodoxos calcificados de coração e gangrenados de consciência.

Na verdade, o Galileu era um homem de atitudes e muitas de suas ações foram, por assim dizer, ações sociopolíticas. Não há Evangelho nem salvação que seja o bastante para alguém com fome e com medo. As marcas do Reino de Deus ainda são amor e justiça!

Por isso o Senhor deu pão aos famintos de Betsaida, nos desafiando, assim, a assumirmos a responsabilidade com as questões ligadas a miséria e a fome. Ele entrou na aldeia dos leprosos, excluídos do convívio social, demonstrando que seus seguidores deveriam invadir os guetos e os antros das cidades e passou pela terra dos samaritanos, gente expurgada da vida pelo preconceito religioso, sinalizando que o caminho do Evangelho deve nos levar a busca do respeito e da tolerância.

Sim, o meu Jesus conversou com o “sindicato” dos coletores de impostos, na casa de Mateus, denunciou o comércio da religião, que era a mola da economia de Jerusalém e condenou as ações políticas do Rei Herodes, um fantoche nas mãos do Império Romano.

A igreja, equivocadamente, se excluiu do debate social e político porque só tem interesses no Reino dos Céus, esquece que o Reino proposto por Jesus é um Reino de consciência! Há anos ouço líderes evangélicos afirmarem que Jesus nunca misturou política e religião, pois vaticinou: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Nunca vi uma exegese tão fajuta e fraudulenta!

Desta perspectiva, Jesus era um indivíduo dicotômico, que departamentalizava as dinâmicas da existência, separava o natural do espiritual. Absurdo! Ele nunca fez isso! Viveu com intensidade cada instante, não se privou de nada nem fugiu daquilo que entendia ser a dádiva do Pai no banquete da vida.

O fato é que Jesus vivia numa teocracia, o imperador de Roma era um deus, adorado e cultuado como tal, um déspota legislando o que bem entendia. O imposto, naquela circunstância, foi só o pano de fundo da armadilha dos fariseus. Eles, contudo, não puderam entender a resposta do Senhor e a maioria dos religiosos, até hoje, ainda não pode.

Eu creio que Jesus afirmou: “Dai a César o que é de César”, referindo-se ao fato de que um deus terreno só pode receber o que provém da terra, no caso, o pagamento do imposto. Era com isso que César se importava e se satisfazia. Mas ele complementou: “Dai a Deus o que é de Deus”, ou seja, dê ao todo-poderoso aquilo que lhe é devido – glória, honra, louvor e devoção verdadeira – pois o Pai procura a estes que assim o façam. Ele não fez separação de coisa alguma, mas pôs tudo em seu devido lugar.

Acredite, a igreja sempre foi chamada a se envolver com as questões políticas e sociais e continuar a negligenciar isto é abdicar de influenciar os destinos deste mundo. Do jeito que está hoje, a igreja é uma organização com pouquíssima finalidade, existe de si para si mesma, enclausura-se em seus programas e exclui-se de tudo o que não for concernente à doutrina e a fé. Eu penso que a igreja só poderá ser relevante neste tempo se estiver envolvida com todos os processos e dinâmicas da vida e isso inclui as demandas políticas e sociais.

É mister, então, compreender, que não há como contribuir de forma propositiva com a sociedade apenas com louvor e pregação. Uma igreja que tenha algum significado para a história de sua geração precisará, a todo custo, sair do átrio do templo para as ruas, precisará aprender a lotar as galerias do Congresso, onde as leis estão sendo feitas, ao invés de lotar as galerias dos teatros, em busca de ouvir artistas gospel.

É tempo de agirmos! O mundo carece de líderes e de pessoas com boa consciência, gente do bem, para influenciar sindicatos, partidos, organizações e políticos! E acredite: você pode ser um destes...

© 2015 Carlos Moreira

24 agosto 2015

O Impeachment de Deus

Procura-se um Deus que possa atender a essas e outras demandas: cultos de milagre, correntes do impossível, prosperidade financeira e sessões do desemcapetamento total. Sim, na sociedade contemporânea, Deus precisa ser reinventado! O Deus das Escrituras perdeu o seu sentido e a sua utilidade, agoniza em obsolescência e caducidade. Nietzsche, ainda no século XIX, já afirmava que a igreja havia criado um Deus que era a imagem e semelhança do homem. Impossível ser mais lúcido. Nesse tempo, para fazer a indústria da religião funcionar, é imprescindível que se viabilize, o mais rápido possível, o Impeachment de Deus! Ele precisa ser tirado do trono, desempossado como Rei sobre a Terra, afastado de suas funções na igreja! Chega desse Deus que não atende pedidos, não satisfaz caprichos e nem concorda com a existência conforme os homens a desejam. Encontrem, portanto, um Deus que seja personalizável e mais adequado à realidade do mundo atual. Eu sei que essas palavras parecem chocantes, mas, na prática, refletem, apenas, a realidade esmagadora desses dias. Essa geração, em seu egoísmo alienante, precisa não do Deus do Evangelho, encarnado em Jesus de Nazaré, mas de um mago com super-poderes capaz de fazer malabarismos e pirotecnias para satisfazer a clientela que o procura nos cultos do domingo. Para muitos, se Deus ainda deseja manter uma fatia do Market Share religioso, vai precisar repensar, seriamente, sua proposta para os consumidores do sagrado. Assista a esta empolgante mensagem!


18 agosto 2015

Vício Espiritual




Eu vejo o que se faz, hoje, em nome da fé. As pessoas realizam simbiose de templos e doutrinas, elas não criam raiz em canto algum, são desalojados por opção, alimentam-se daquilo que lhes satisfaz os apetites do ventre, um tipo de mensagem que seja conveniente.

Ah, se elas soubessem o que isso produz na consciência...

É a alquimia religiosa tentando unir crenças tão distintas e irreconciliáveis que o produto final é um frankstein. Esse monstro, pasmem, se alimenta de uma matriz de convicções bizarras, costurada grosseiramente para dar forma a uma espiritualidade anômala.

Depois de certo tempo, o sujeito não fala mais coisa com coisa, está massificado por tantas mensagens que ouviu, com tantas ênfases distintas, que a alma se vicia em espasmos emocionais, é a necessidade de saciar a síndrome de abstinência do pseudo sagrado, a dependência criada pela catarse e pela manipulação.

Como qualquer outro vício, o viciado espiritual sofre de ansiedade de alma, precisa de uma divindade mágica que lhe torne o viver possível.

No estágio seguinte, sua mente passa a ser habitada por sofismas e crendices, ele vê fantasmagorias no cotidiano, o diabo assume o papel de protagonista, está em tudo e em todos, o indivíduo converte-se num injustiçado debaixo do sol, o mundo lhe arma ciladas.

Daí para frente vem à destruição da psique e do equilíbrio. Nosso Quixote passa a lutar com seres imaginários, entra na dita “batalha espiritual”, usa pirotecnia das cartilhas dos ghostbuster contra as potestades do mal. O diabo dá gargalhadas! É como tentar matar escorpião com farinha.

Triste, mas absolutamente real!

Encontro gente assim todo dia, marcada pelo desânimo e recondicionada de coração, são os filhos da desilusão que, ao final, é só o que tudo isso produz. Desgraçadamente, eles foram abortados pelo misticismo religioso, mas jamais paridos em fé e amor pelo Evangelho.

Carlos Moreira

11 agosto 2015

O Deus Pessoal para um Mundo Impessoal

Estamos enfrentando uma nova glaciação no planeta, mas ela não está associada ao clima e sim às pessoas, sem nos dar conta, congelamos do lado de dentro, tornamo-nos inapetentes para o bem. “O amor esfriará de quase todos”, disse Jesus e, de fato, isso já está acontecendo! Fomos transformados em indivíduos em série, normatizados pela mídia, plastificados pela cultura, acomodados nas caixas da religião. Esse é um tempo de redes sociais e nenhum encontro humano, da banalização da conjugalidade que produziu a solidão a dois, do flerte virtual, do sexo pela tela do computador, da blindagem do ser para nos proteger contra o outro, da impermeabilização dos sentimentos. Num mundo assim, pode haver religião, mas não há Deus! As igrejas fomentam ritos e ensinam doutrinas, mas estão longe da singularidade da fé proposta no Evangelho, onde o encontro é imprescindível, tanto com o Pai quanto com o meu semelhante. Deus só pode ser discernido numa relação pessoal, não numa massa anárquica dentro de quatro paredes, Deus quer ser encontrado nos ambientes da alma e da consciência, não nos bancos do templo ou na agenda frenética da religião. A questão central, contudo, é o que fazer diante disso? Que alternativas nós temos? Assista a mensagem e repense sua fé!


04 agosto 2015

Delação Premiada: a Confissão que Cura a Alma

A culpa é tão corrosiva quanto à ferrugem, come a alma da gente, remete-nos ao exílio da amargura sob as algemas inquebráveis da solidão. Quem se sente culpado arrasta-se na existência, carrega fardos mais pesados que o ser, agoniza a céu aberto, revolve-se em pavor e tem a consciência embebida com angústias de morte. Eu encontro pessoas assim todo dia, são prisioneiros de escolhas erradas, desviantes de caminhos tortuosos, sentenciados que foram julgados pela vida, gente que nunca obteve uma segunda chance, que teve negada a possibilidade de um novo começo, de reconstruir a vida com a sucata do que sobrou da história. Mas é possível sair deste calabouço! Há uma chave que abre o coração pelo lado de dentro e permite que a luz do perdão e da misericórdia rasgue a masmorra onde os dias se passam sem esperanças. Sim, a confissão é o remédio que sara os dilacerados de espírito e levanta os caídos, aqueles que foram feridos na guerra, pois conforme as Escrituras, “o que confessa e deixa alcançará misericórdia”. Neste domingo vou tratar deste tema numa mensagem que nos chamará, de um lado, a assumirmos, definitivamente, nossos equívocos, pois não há cura sem verdade, e do outro, a nos libertarmos para sempre dos embargos que vida nos impôs. Assista a mensagem e 
receba o perdão dos céus!


 

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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