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26 março 2015

A "Babilônia" é Aqui...



Me desculpe, mas desligar a TV não livra você da “Babilônia”. Que grande tolice e que enorme ingenuidade! Evitar uma programação que não presta é uma questão de bom senso, não de religião, pois tem coisa que, muito antes de fazer mal ao nosso espírito, faz mal a nossa alma, deprime, constrange, produz uma falta de apetite para a vida.
Mas evitar a novela Babilônia, em absoluto, livrará você da “Babilônia”, porque, antes de tudo, “Babilônia” não é uma trama televisiva ficcional, mas um sistema de valores poderoso, um zeitgeist, uma impregnação que está na mente, não na tela da televisão.
“Babilônia” é o símbolo daquilo que é perverso, sincrético, enfatuado, está no olhar de quem só discerne o mal, de quem acha que, pela moral, poderá se jactar contra Deus, de quem faz do ascetismo ético sua tábua de salvação, ainda que tais prescrições comportamentais nada possam contra as potestades espirituais.
Acho curioso que algo tão evidente não esteja sendo discernido pela esmagadora maioria das pessoas! Elas mudam de canal por causa do beijo gay de duas senhoras oitentonas, mas assistem a programas como Cidade Alerta, com cenas muito mais poderosas do ponto de vista da exposição da miséria humana e das calamidades existenciais.
Que triste esta geração, que vive enganada de si mesma, que se esconde em toscas máscaras religiosas, que quer tirar a “trave dos olhos” da Rede Globo, mas não consegue, sequer, discernir o argueiro incômodo do Show da Fé.

Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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