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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

31 dezembro 2011

Um Novo Ser para um Mesmo Ano




“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Fernando Teixeira de Andrade.

Coisa extremamente perversa é a rotina, o tédio, a mesmice, a acomodação. Não há nada mais destrutivo ao espírito humano do que alguém que virou coadjuvante da história, e não seu ator principal, passou a seguir mapas, e não a fazer mapas, satisfez-se em atingir a média, tornar-se igual, massificado, não-singular, cópia da cópia, rosto na multidão, clone de outros, holograma de carne e sangue. Esquecemos as lições do filósofo Eurípedes, quando afirmou “tudo é mudança; tudo cede o seu lugar e desaparece”.

Todos me dizem que esperam um ano de 2012 melhor. Que haja menos dificuldades, menos inquietações, que as oportunidades perdidas, reapareçam, que os amores desfeitos, ressurjam, que os negócios não concretizados, possam novamente se realizar, que o dinheiro perdido, retorne, algo como se o tempo tivesse seu próprio “espírito”, sua própria vontade, seu próprio querer.

Ora, não é o tempo que vai mudar, não é o ano que vai ser diferente, mas, se desejarem, as pessoas é que poderão ser. As dinâmicas da vida permanecerão as mesmas. Cada estação se abrirá em flores e se recolherá em sombras. Por isso, diz o sábio: “o que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol”. Ec. 1:9. A vida certamente nos brindará com dores, perdas, medos, dramas, todos os matizes dos quais a existência se compõe neste grande crochê que emoldura a saga humana sobre o chão empoeirado da Terra.

“Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento”. Érico Veríssimo. Fico impressionado com nossa resistência a mudança, ao novo, àquilo que é inusitado, desafiador! É que nós nos acostumamos com o conforto, com a palidez de dias acinzentados, com a existência que se resumiu entre a boca e o prato – comer para trabalhar e trabalhar para comer.

Em 2012 quero lhe desafiar a mudar, ser diferente, ser persistente, ser gente! “Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos”. Albert Einstein. Aprenda a discernir o tempo, veja o que acontece em nossa sociedade. Desgraçadamente, estamos nos coisificando, tornando-nos lenta e sutilmente seres de coração de pedra e sentimentos de aço. Passamos a amar as coisas e usar as pessoas! É tempo de mudar!    

Com toda certeza, 2012 não será diferente de 2011. Como bem nos chama a atenção o livro do Apocalipse, “continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se". Por isso, escute o que sabiamente afirmou Elliot Gould: “ninguém pode ser escravo de sua identidade: quando surge uma possibilidade de mudança, é preciso mudar!”.

Feliz 2012 para você! Que este seja o ano da sua virada, pois, a virada do ano, em si mesma, não vai representar qualquer tipo de mudança... Lembre-se do que disse Kant “toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”.

Foi um grande prazer escrever para vocês durante este ano. Procurei ser o mais honesto possível com cada linha publicada. Espero que alguns possam ter sido abençoados. Obrigado ao Danilo pela imensa oportunidade de trabalhar no Genizah.

Termino com o salmo 40:1 e 2: “coloquei toda minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro”. Beijo no coração!

Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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