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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

11 janeiro 2011

Desigrejados, Desviados e Evangélicos não Praticantes



Danilo Fernandes


Em agosto de 2010, eu decidi coletar dados capazes de sustentar uma abordagem quantitativa de algumas questões apoquentando os que pensam nos rumos da Igreja. Nesta mesma época, a revista Cristianismo Hoje tinha na pauta este ARTIGO mirando a questão dos cansados de igreja. Pensei: Vou botar números em algumas destas questões.

Postei no site um questionário de pesquisa usando a ferramenta On-Line Survey Monkey. Em uma segunda fase, fiz uso do cadastro de 1,2 milhão e-mails de cristãos evangélicos que possuo, produzi uma amostra e enviei questionários com perguntas abertas e fechadas envolvendo temas relativos a fé e a religião. Os resultados trouxeram nada menos do que surpresas atrás de surpresas com material para muitos posts. Este é o primeiro.

Genizah: Um site de hereges de desviados?

Definitivamente não. Em termos numéricos absolutos tem muito desviado por aqui, risos. Afinal, o Genizah tem tráfego oscilando entre 8,8 – 14,8 mil pessoas por dia, mas em termos relativos a coisa não é bem assim! Um alívio (sem querer ofender os desviados) afinal, os colaboradores do site são na sua maioria esmagadora pastores, líderes, missionários, etc... Iria ficar mal pra gente, risos.

Para começar 88,5% dos respondentes se declaram membros batizados de uma denominação cristã. Para agravar nossa beatitude, 31,25% dos leitores – ver gráfico a seguir – se identificaram com a opção “FAMILIARES ECLESIA” que separamos para pastores, família pastoral, presbíteros, diáconos e líderes ministeriais.

Conclusão: Genizah é um site muitíssimo lido pela liderança da Igreja. Levando ainda em consideração que 25% dos leitores se dizem professores de Escola Bíblica Dominical e, estamos falando de até 80.000 visitas de professores de EBD por mês, não dá para chamar o Genizah de um site de desviados! Envolvidos e incomodados, sim. Subversivos, muitos. Desviados, dificilmente.

Tirando o Genizah da reta, bem-dito, alguns números saltam aos olhos e confirmam que os fenômenos recentes que formaram os grupos que muitos chamam de desigrejados, decepcionados com a igreja, reorganizados (em comunhão heterodoxa) e, claro, desviados se revelam todos mais do que estatisticamente consideráveis. São números muito representativos e deveriam estimular acadêmicos a realizarem uma pesquisa comme il faut.

Os Assembleianos, considerando todos os ministérios e divisões são o grupo que mais frenquenta o Genizah. Em seguida, os Batistas.

Em determinada questão do instrumento de coleta de dados pedimos para as pessoas marcarem a alternativa que melhor descreveria o formato de sua comunhão principal. Uma das opções disponíveis oferecia possibilidades, entre outras: membro de células, igreja em casa e comunidades. 12,5% das pessoas marcaram esta opção. Eu considerei o percentual bem alto. Não esperava que tanta gente tivesse este tipo de comunhão,primariamente. Devo admitir que há um viés da questão. Embora a formulação da pergunta fizesse uma ressalva entre opções “membros de uma igreja tradicional que tenha células ou grupos pequenos” e “igreja em células”, há a possibilidade de alguns terem se equivocado na sua resposta. Ainda assim, é alto o percentual dos internautas que tem a sua comunhão principal em um arranjo heterodoxo (célula, grupos em casa, formações alternativas, etc.). Deixando claro que o heterodoxo não carrega nenhum preconceito ou crítica, mas tão somente qualifica o que é não é ortodoxo (igreja tradicional).

Os afastados da igreja

Apesar de relevante, o achado anterior só serve para dar peso a uma descoberta ainda mais importante: O alto percentual dos que marcaram a opção “AFASTADO”. Afinal, fica estabelecido que os 7,25% dos respondentes que assim se identificam estão de fato afastados de qualquer tipo de comunhão. São crentes, mas estão afastados da igreja denominacional, seja em que formato ou arranjo for. Ortodoxo ou heterodoxo. Seria uma gente cansada de tudo que lembra uma igreja? Gente ferida pelo corpo institucional? Gente massacrada ou decepcionada com doutrinas? Vítimas da religião? As opções são muitas, contudo repito: São todos crentes. Ainda seguem com Cristo.

Na nossa pesquisa por e-mail com amostra na base dos 1,2 milhão de e-mails buscamos o reforço para este percentual de AFASTADOS. Obtivemos um resultado oferecendo uma boa consistência ao percentual já estimado, mas como disse antes, são muitos os fatores enfraquecendo a metodologia. A amostragem e o método de coleta, entre os principais. Considere que um grande percentual de evangélicos não tem acesso à internet, por exemplo. Contudo, apesar das limitações, temos aqui é um bom termômetro e, o único disponível.

Genizah é um site de líderes.


Agora, imaginem se este mesmo percentual  de afastados se aplicar a massa dos que se declaram evangélicos no país? Seriam milhões. Temos um sinal de alerta, e dos grandes, de que há algo ferindo gravemente o corpo e é tempo de despertar para a questão.

E o que dizer dos 1,25% que se declaram “SEM RELIGIÃO”? O que fazem estas pessoas em tão grande número (150 por dia!) em um site de evangélicos? E mais, os 7,25% “AFASTADOS”, o que fazem em um site de apologética? Estamos falando de um grupo entre 13.000 e 27.000 pessoas apenas entre os leitores do Genizah!

Claramente, estamos diante de fenômenos interessantes. Por um lado, constatamos percentuais relevantes de AFASTADOS e SEM RELIGIÃO em um site de interesse evangélico, indicando gente cansada de Igreja, mas não de Cristo. Por outro lado, não é nenhum disparate afirmar que um percentual ainda mais significativo de irmãos forme um grupo chamado de EVANGÉLICOS NÃO PRATICANTES, cuja quantificação deve ser objeto de pesquisa específica. Para que o leitor tenha uma ideia, da população de 1,2 milhão de e-mails de cristãos de nossa base, a amostra retornou 2,1% de respondentes declarando que são evangélicos, mas não tem comunhão em igreja por 12 meses ou mais. A seguir, as razões principais declaradas, segundo o tipo de pergunta formulada.

Em resposta fechada (múltipla escolha previamente definida): 

Cansei de dar dinheiro e ser enganado por falsas promessas.

Resposta aberta (respondente marca a opção “OUTROS” e declara a sua razão livremente):

Tenho vergonha do que os outros evangélicos andam fazendo (na TV, no rádio, na Igreja XYZ, nos negócios, na política, etc.); ou algo equivalente.

Definitivamente, em nosso esforço, apenas testamos com um dedinho a temperatura do corpo. É apenas um vislumbre de diagnóstico, mas assusta. Se relevarmos a precariedade do exame, podemos dizer que estamos diante da estatística do tecido machucado pelo próprio corpo. Quase nove para cada cem! É o tamanho da cicatriz no corpo da Igreja. Estes são os amputados.

Quantos serão os mortos? Aqueles que nem sequer buscam crescimento, conhecimento da Palavra, refrigério, informação sobre rumos mais seguros. Quantos nem mesmo buscam algum tipo de comunhão em sites e redes sociais de evangélicos? Os que perderam a fé?

Os hoje feridos de morte? Os para sempre NÃO PRATICANTES? Todos são vítimas das práticas predatórias de uma porção cada vez mais significativa da igreja onde as ovelhas são cuidadas por lobos. Estes irmãos feridos e afastados hoje estão vivendo a mornidão da sua fé.


Almas sobre as quais iremos dar conta um dia. Estamos desafiando um Deus Santo!

Há algum consolo? Claro que há. Ao menos 4,7% declararam que deixaram a Igreja (não tendo adotado nenhum outro modelo de comunhão), contudo não desistiram de Jesus.

E mais: Se considerarmos as respostas destes irmãos (AFASTADOS, DESVIADOS, ETC.) não seria de se perguntar o que fazem eles, em tão grande número, em um site cristão? Eu quero crer que mesmo contra as suas declarações, o AMOR por Jesus está presente, mesmo no caso dos que se declaram ateus. O que há nestes casos é uma grande ferida que precisa de bálsamo.

Os sites e blogs apologéticos apontam as feridas da Igreja, os absurdos. Contudo, também tratam da Glória de Deus. E também de teologia, evangelismo, missões, prática cristã, humor cristão e muito mais. São todos assuntos que interessam a quem está na Igreja e a quem não está, mas ama a Cristo. E, vendo por este lado, faz até muito sentido que os irmãos que estão feridos sintam-se atraídos por sites que tratam das “armadilhas” da Igreja moderna de forma direta e sem hipocrisia. Os sites apologéticos tratam dos bandidos e de suas armas, que um dia foram usadas para ferir estes irmãos. Rever o processo do engano e perceber que há o “lado A” deste disco horripilante é consolo e incentivo.

Os blogs e sites apologéticos cresceram muito nestes dois últimos anos, na proporção do aumento dos feridos nesta guerra entre a sã doutrina e a heresia. Contudo, ao contrário de reafirmar a decepção e aumentar a ferida, o que vemos, e constatamos, na pesquisa por e-mail, é que os blogs apologéticos têm ajudado na cura das pessoas. Muitos buscaram outras denominações (com doutrina mais ortodoxa fundamentada na Palavra) ou mesmo igrejas em suas denominações atuais onde a Palavra é o centro e não há lugar para o espetáculo e a profetada. Enfim, onde não se coloca da boca de Deus promessas que nunca foram feitas. Desta forma, muitos irmãos voltam à comunhão.

Os blogs apologéticos servem para expor a ferida, rir da ferida (no nosso caso em especial), indicar o que é bom. Muitos irmãos decepcionados achavam que Igreja era aquilo que viviam no G12, MIR12, na fogueira santa de Israel, nas doutrinas de apóstolos empresários, nos moveres e atos proféticos, nas sementes e unções financeiras, e outros negócios gospel.

Outros tantos entenderam que não foi a sua vida de pecado, ou sua falta de fé que os relegaram a uma vida de decepção e ausência de conquistas. Pode-se dizer, os blogs apologéticos funcionam como vacina, inoculam a praga para propiciar a benção bereana. No primeiro momento o irmão machucado entra, sente raiva do que vê, responde com um chavão do tipo “não toque no ungido”, mas lê. Com o tempo entende o sentido de tudo. Abre os olhos (alguns nos esculacham bastante antes, claro. Risos).

Se alguns irmãos após um período sabático retornam à igreja, desta vez em busca de uma comunhão mais sadia, muitos outros seguem afastados e inalcançados.

Há muito a perguntar. Eu perguntei algumas coisas. Enviei e-mail para alguns respondentes (nestes casos, já sem valor estatístico) deste grupo de irmãos desigrejados.

Mas afinal, quem são os desigrejados?

Desigrejado não é desviado. O desigrejado se afastou do modelo ortodoxo de comunhão (igreja denominacional) e não aderiu a nenhum outro modelo heterodoxo, seja células, igreja em casa, ou ainda comunidades e novos modelos (tipo aqueles que estão reinventando o modelo tradicional de Igreja, depois de tê-lo desconstruído, risos.). O desigrejado tão pouco se desviou de Cristo, tão somente de sua comunidade, não aderindo a nenhuma outra.

E os desviados?

O desviado simplesmente desviou-se da fé. Pode-se presumir que os irmãos que se declaram SEM RELIGIÃO sejam desviados, afinal estão em um site cristão, mas isto não é certo. A maioria dos desviados, seja por feridas adquiridas na igreja, decisão própria ou qualquer outro motivo, está longe da comunhão e, quase certamente, não buscam mídias eletivas de conteúdo cristão.

Na prática, o desigrejado poderia seguir imitando a Cristo, portando sendo cristão, não fosse um pequeno detalhe, risos: Como ser cristão sem o “outro”? Sem a comunhão?  Sem o culto ao Pai, o louvor? O discipulado? Creio ser muito difícil, mas a questão é nevrálgica. Obvia para mim, mas não para todos. Deixemos o tema para outra oportunidade. O que nos interessa é tentar lançar bases para outros esforços. Penso que devemos olhar esta multidão de irmãos afastados da comunhão, a maioria esfriando na fé (feridos, machucados) e, no entanto, buscando a Cristo e algum tipo de comunhão, em sites e blogs apologéticos como uma oportunidade de:

• Reflexão sobre erros cometidos no apascentar das ovelhas, se somos líderes, pastores, bispos, etc.

 Consideração destas doutrinas antropocêntricas, em especial a confissão positiva, que é maligna, pois é uma fábrica de desilusões, desvia a atenção da Cruz para causas mundanas e ainda transforma questões normais da vida em sentimento de inadequação sério, ou desilusão com o Espiritual.

• Reflexão sobre a forma como orientamos o ambiente da comunidade, em especial, se incentivamos o amor entre os membros ou a competitividade.

• Consideração sobre as bases na Palavra que estão sendo dadas aos membros, sem as quais os mesmos ficam sujeitos a ventos de doutrinam ou a fraqueza na tribulação, pois desconhecem as promessas que podem lhes confortar.

• Repensar os modelos de comunhão à luz da tecnologia de informação.

• Pensar no papel crucial da Escola Bíblica Dominical. Seria este o ministério mais importante da sua comunidade, ou a EBD perde fácil em popularidade para o ministério da cantina, do louvor, social, etc.?

• Reflexão e planejamento na direção de trazer estes irmãos para a comunhão.

• Reflexão sobre o caráter profético da nossa missão na internet cristã, lembrando que devemos sempre de nos manter no espirito de Jeremias 1:

Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.

- Tudo com muita urgência.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz1AkYhGxBa
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"Um Dia Feliz às Vezes é Muito Raro"


O escritor Jorge Luís Borges nasceu em Buenos Aires e tornou-se um nome reconhecido mundialmente pelos seus escritos e poesias. Dentre seus textos maravilhosos, quero retirar fragmentos de um deles, talvez um dos mais conhecidos, que é “Instantes”. O texto ganha contornos mais fortes quando sabemos que foi escrito em 1986, na Suíça, quando o autor tinha 85 anos e já estava cego há 30.

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito; relaxaria mais. Seria mais tolo do que tenho sido; na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvetes... teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida... Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabes, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora... Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera, e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua... e brincaria com mais crianças.. Mas vejam, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...”.

Agora desejo trazer-lhe uma pequena porção das Escrituras, Eclesiastes capítulo 12: “Sim, lembre-se dele, antes que se rompa o cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a roda se quebre junto ao poço”. Você deve conhecê-lo. Ele trata da velhice, de lembrar de Deus enquanto “ainda se pode achar” como bem disse Isaías, pois virão tempos em que diremos “não tenho neles prazer”. Sua beleza, para mim, está nas profundas e delicadas alegorias que o autor usa para falar da velhice e faz isso sem ser rude e sem, contudo, mascarar absolutamente nada.

Não sei sei você sabe, mas estamos vivendo num país que envelheceu. Segundo dados do IBGE, “O país caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro muda e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172, 7 idosos”. Entre nós, todavia, há uma sensível diferença em relação às outras nações: nossos velhos são vistos como um problema, tratados sem humanidade, sem respeito, sem dignidade. Isso é facilmente observado desde a prestação de serviços públicos, dos mais essenciais, aos cuidados e acolhida dos familiares. Para lidar com o “problema”, asilos foram criados, melhor seria dizer, depósitos humanos, casas de “misericórdia” para abrigar aqueles que chegaram a estação outonal da existência. Triste destino terá os quem forem, um dia, parar num deles...

O versículo que citei acima possui diversas interpretações exegéticas. A minha, todavia, é para o hoje, é mais poesia e filosofia do que teologia. Talvez lhe sirva... Há quatro elementos citados que representam as estações da existência. O cordão de prata retrata a idade da adolescência, é o presente de 15 anos, que serve não só para adornar o pescoço da criança, que está virando mulher, mas também para mostrar-nos que neste tempo da vida tudo é beleza, alegria e felicidade. A taça de ouro é a estação das comemorações e conquistas; é o casamento, a formatura, o primeiro emprego, o primeiro carro, a primeira casa, tempo de celebração, de festa, de champagne! O cântaro fala da vida adulta, da rotina de “ir à fonte”, ou seja, da necessidade de subsistência, do trabalho, das responsabilidades, das contas a pagar, das crises relacionais – com o cônjuge, os filhos. Finalmente, a roda de moinho, aquela que, envelhecida, se desfaz junto ao poço. É a mesmice final da existência, a roda que gira, mas não pode mais sair do lugar, que realiza o seu círculo em torno de seu próprio eixo, que cumpre a ingrata rotina, todos os dias, e que parece apenas esperar o fim chegar.

Tenho uma avó com 95 anos de idade. Vejo-a pouco, pois a vida que vivo, ou que não vivo, não me permite visitá-la com freqüência. Contudo, cada vez que a encontro, tenho a sensação de que seus dias estão se acabando, agora, mais rapidamente do que antes. Mas há uma sensação boa quanto estou com ela: é que eu percebo que aquele dia, um dia raro, mesmo que o tempo que permaneça lá seja pouco, transforma-se num dia feliz...

Eu sei que muito em breve estarei velho também. Sinto os sinais no corpo, que não reage mais como antes. Algumas enfermidades próprias da idade atual, 44 anos já chegaram. Preciso de óculos para ler, tomo remédio para pressão, durmo menos, vivo mais tenso, reflexivo, solitário. Por isso, estou aproveitando os anos que ainda me restam para fazer aquilo que Jorge Luís Borges recomendou... Não quero terminar meus dias nem com os seus “recalques”, nem com a melancolia do filósofo do Eclesiastes. Será que conseguirei?...

Carlos Moreira

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