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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

13 agosto 2010

O Lado Escuro do Ser


Introdução

“Dark Side of the Moon” é, sem dúvida, o melhor trabalho do Pink Floyd. Lançado em 1973 tornou-se o terceiro disco mais vendido de todos os tempos, ficando 14 anos consecutivos entre os melhores na parada da Billboard.

Eu, que sempre fui apaixonado pela banda, tive contato com o álbum aos 11 anos de idade, mas só vim entender sua proposta tempos mais tarde... Em suma, tratava-se de um disco conceitual que buscava abordar temas existenciais da década de 1970, entre eles: tempo, dinheiro, drogas, loucura, guerra e morte.

Sem muitos rigores, “Dark Side of the Moon” poderia ser traduzido como “O Lado Escuro da Lua”. Não sei se é mito, mas conta-se que a inspiração para o título veio de uma afirmação do guitarrista Syd Barrett, um dos pioneiros do grupo, que de certa feita afirmou: “todo mundo pode ver a face clara da lua; mas quem pode ver o seu lado escuro?”.

Não é sem motivo que a frase de Barrett sempre me fez lembrar da “Parábola do Publicano e do Fariseu”. De forma livre, “amplificada” por alguns comentários próprios, transcrevi o texto tomando por base a narrativa do Evangelho.

O Fariseu e o Publicano – Lucas 18:9-14

Jesus apresentou essa estória a algumas pessoas que se achavam boas e que por isso pensavam ser capaz de promover sua própria salvação, desprezando assim aos demais.

Dois homens se dirigiram ao templo para um momento de oração. Um deles era um simulacro religioso. O outro, gente comum, gente como a gente.

O primeiro, uma espécie de traficante do sagrado, posicionou-se num lugar de destaque e, em voz alta, fez um discurso fraudulento, eloqüente, de si, para si mesmo.

Na sua apologia, tratava de feitos “reluzentes” e agradecia por não ser como os “normais”. Já perto do fim da reza vazia, olhou para trás e viu ao fundo a figura desbotada do homem que com ele viera pelo caminho.

Não satisfeito pelo incômodo já causado ao Divino, para arrematar a pantomima, passou então a comparar-se a “triste figura” dizendo: “Deus, quero ainda te agradecer por não ser como este desqualificado, recebedor de propinas, homem de conluios, adúltero, pois, como bem sabes, sou ser religioso, íntegro nos meus caminhos, jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de todos os meus bens”.

E continuou Jesus... O segundo homem, por outro lado, perfilava-se cabisbaixo e introspecto. Encharcado de dores e dramas, achando-se indigno de aproximar-se do altar, preferiu ficar à porta do templo. Com voz baixa e embargada, recitava sua oração como um mantra e dizia: “Deus, sê propício a mim pecador”.

De fato, ali estava alguém com muitas contradições, um filho da terra, caminhante da vida. Tinha nos pés a poeira da miséria humana, era um escrevente de histórias desconexas e protagonista de muitos equívocos.

O absurdo da parábola, entretanto, e contra toda lógica, é a maneira singular como Deus trata os dramas da alma humana...

E continuou Jesus... Estes dois homens vieram a esta catedral em busca de uma aproximação com o sagrado. Um veio movido pelo desejo de exibir seus “experimentos” religiosos; o outro tragado pela necessidade de ter uma experiência com o transcendente.

O primeiro é reflexo da perpetuação da religião sem significados, calcada em exterioridades, produtora de ritos ocos, portadora de palavras de lisonjas, mas incapaz de materializar algo de concreto na vida. Munido de supostas boas obras, imaginava ter o seu proceder autenticado pelo céu e, em função disso, percebia-se tão reluzente como a lua cheia.

Eis a desgraça perpetrada pela religião: a produção de manequins travestidos de “espiritualidade”, arquétipos da fé institucionalizada. Na sua insensatez, vomitou o que de pior havia em seu ser, expurgou sombras profundas sobre o altar. O que para ele parecia ser luz, para Deus eram apenas trevas.

O segundo homem, por sua vez, é um ser em transformação, que tem na reconstrução de sua consciência seu melhor momento existencial. Percebendo a si mesmo, enxergou-se portador de muitas mazelas. Nem ousou comparar-se a nada em baixo na terra, nem se deu ao desplante de requerer qualquer vantagem do céu. Despido de suas máscaras, nada pediu, a não ser um pouco de paz e perdão.

E Jesus concluiu... Ambos vieram em busca de justificação, mas apenas o segundo foi saciado de sua ânsia de vida. O outro, por sua vez, auto-justificado, indulgente consigo mesmo, portador de uma mente cauterizada pela caducidade da “letra morta”, possuidor de um coração pedrado pelas futilidades da existência, tornou para seu caminhar cheio de si mesmo e esvaziado da presença de algo sagrado.

O que expôs as suas trevas, revestiu-se de luz. O que forjou para si a luz, encobriu-se de sombras, injetou veneno na alma e mergulhou em profunda escuridão.


Nos Bailes da Vida...

Tenho uma questão para nós: quando andamos pela rua, ou estamos no trabalho, sentados no cinema, ou em casa com a família, qual lado nosso está evidente: o iluminado ou o escuro? O que vaza através de nossa alma: luz ou trevas? Quem somos de fato: seres performáticos ou andarilhos nus? Commodity de gente, ou humanos singulares?

A pergunta é simplista, mas tem seus porquês... É que no mundo pós-moderno fomos obrigados a viver baseados na “cultura da imagem” a qual, alterando nossos valores, fez-nos existir na perspectiva da “sociedade da aparência”. Desprovidos de conteúdos, nos revestimos de opulência ótica para camuflar nossa miséria ética. Parecer é nosso sonho de consumo! Ser, a agonia-nossa-de-cada-dia.

Deus ama a luz, pois tudo o que é luz traduz-se em vida. Por isso Jesus disse que a nossa luz deveria brilhar em meio aos homens. A afirmação, contudo, está para além de nossa hermenêutica simplória. É que luz, em nossos conceitos, está associada apenas a coisas boas, ações meritocráticas – dar esmola a velhinhos, visitar pessoas enfermas, ir a velórios, e até algumas tidas como “espirituais”, como dar o “dízimo”.

Luz, na perspectiva de Jesus, é tudo aquilo que irradia verdade e vida. Tanto boas obras, tiradas do tesouro do coração, que pela via da reconciliação foi pacificado, como também medos, dores, angústias e contradições. Todas estas matizes, ao vir à luz, revelam em nós o que em nós é verdade e, por assim ser, aniquilam a possibilidade de virmos a nos constituir estelionato existencial.

É assim que pulsões, taras, síndromes, ódios e todas as sombras incrustadas em nossos labirintos profundos se desgrudam de nós, pois tudo o que não produzir saúde e paz acabará sendo expurgado pela luz. Alegoricamente, seria como abrir as janelas de um velho porão para que os raios de sol pudessem entrar. Luz, que tudo revela, lançada sobre a alma, dissipa toda escuridão. Só assim os “ambientes interiores” podem, novamente, reencontrar a paz e a alegria de existir.

Por isso, creia-me, o pior tipo de falsificação sócio-existencial é aquela que tenta produzir luz artificial, e isto com vistas a camuflar a imensa escuridão que há em nós. A sedução para produzir esse tipo de “luz” nos projetará apenas como hologramas caricaturados, e, por fim, acabará nos levando a não reconhecer o que, de fato, somos: “metamorfose ambulante”.


Conclusão

O que eu aprendi com a parábola do Publicano e do Fariseu é que Deus é capaz de ver o lado escuro das pessoas, mas, ainda assim, continua amando-as profundamente. Para Ele, toda escuridão desaguada sobre a luz acaba transformando-se em vida, pois inicia no ser o processo de construção de uma nova consciência, uma “reinvenção” de nós mesmos, de dentro para fora, e isso, no desdobrar da vida, produz uma espiritualidade saudável e uma existência sustentável.

Syd Barrett tinha razão, pois qualquer um pode ver o lado claro da lua. Qualquer um pode ver o que é aparente, opulente ou reluzente. Isso, todavia, tratado da perspectiva dos seres humanos, pode revelar que, não raro, aquilo que parecia ser luz, é trevas, e, aquilo que parecia ser trevas, sendo ressignificado, pode transformar-se em luz.

É certo que Deus sabe que nossa matéria é feita de contradições e nosso coração de ambigüidades. No fundo, somos substância composta de bem e mal, ternura e tormento, sombras e silêncio. Um dia, todavia, seremos como Ele é...

Mas, para o hoje, para o agora, a proposta é vivermos na luz! Viver a vida que tem que ser existencializada na integralidade do que somos. Se for assim, parafraseando Nietzsche, nunca nos renderemos à encenação, como se estivéssemos num baile de máscaras. No palco da nossa vida, os holofotes jamais produzirão dissimulações, pois, como atores desta grande “peça”, nos comprometemos a representar apenas aquilo que, de fato, revela o que o ser é.

Por isso, fuja de toda a possibilidade de se tornar um personagem num teatro de marionetes, pois, saiba, seu significado existencial é ser “barro encarnado”, sangue e suor, mas seu destino eterno é, ressignificada sua consciência, passar de existente a gente, transmutar-se do não ser ao ser de fato.

E não se esqueça: você foi convidado a sentar à mesa, apreciar o cardápio e degustar tudo o que lhe vier como vida, e isso com coração agradecido. Não se furte a nada, pois luz e trevas lhe sobrevirão, dias de sol e de escuridade, mas, com toda certeza “tudo valerá a pena se a alma não for pequena”. E quem entender diferente disto, penso eu, ainda não compreendeu o porquê de Deus gerar seres humanos sobre a Terra.

S o l a G r a t i a !

Carlos Moreira

Quando eu era Moço


Pedro, para mim, é sem dúvida alguma a figura mais emblemática no grupo dos discípulos de Jesus. Sempre ao lado do Mestre, desfrutando de uma intimidade concedida a poucos, ele protagonizou cenas das mais importantes nos Evangelhos.

Pedro é apaixonante porque é autêntico, original, não obstante suas ações revelarem um ser temperamental, impulsivo e, por vezes, descontrolado. Algo nele, todavia, sempre me chamou a atenção: “Senhor, tu sabes que eu te amo...”.

Eu Já preguei algumas vezes sobre o texto de João 21. Nele está presente, provavelmente, um dos encontros mais inusitados das Escrituras, o encontro final do Senhor com Pedro. Aquela altura, a ceia, o Getsêmani, o Palácio de Herodes, a conferência pública de Pilatos e o Gólgota já haviam ficado para trás. Pedro havia negado Jesus, três vezes até cantar o galo, como o Senhor lhe falara. Naquele derradeiro encontro, era necessário haver o “acerto de contas”.

Fico imaginando o que se passou, naquela manhã, no coração do pescador da Galiléia. Angustiado, devia estar sofrendo ao pensar nas reprimendas que iria receber. Ansioso, suava frio e cogitava a respeito das palavras duras que o Nazareno lhe jogaria na face. Era uma agonia sem fim, a alma se retorcia em cólicas de desespero e dor. “Pedro, quero conversar com você”. O momento havia chegado...

Ao contrário de toda expectativa, o diálogo de Jesus é meigo e manso. Uma única pergunta, repetida como um mantra, resumia tudo o que Ele desejava saber: “Pedro, tu me amas?”. Parece inimaginável. Com o tempo, entretanto, entendi os porquês... Só quem ama é capaz de curar feridas produzidas no coração.

É bem provável que Pedro tenha ficado sem saber o que fazer. Seus olhos encheram-se de lágrimas e sua alma derreteu-se como sorvete. Jesus, todavia, guardou algo surpreendente para o final: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”. Jo. 21:18

A frase profética, que quase diluiu-se no texto pela grandeza do que foi anteriormente dito, tem contornos profundos e implicações ainda maiores. De forma reverente, mas incisiva, o Galileu alertou ao amigo sobre duas coisas que ele precisaria cuidar dali para frente.

A primeira era sobre sua independência – “tu te cingias a ti mesmo...”. Pedro parecia um “rebelde sem causa”. Demonstrou por vezes não ligar para nada. Era capaz de tomar atitudes extremas, de falar de forma precipitada, de agir pelo impulso regado pela emoção. Existia apenas de si para si mesmo. Nem precisava nem dependia de ninguém. Jesus, entretanto, lhe advertiu: “quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá...”.

Não posso afirmar com certeza o que Ele quis dizer. Talvez tratasse do espírito voluntarioso de Pedro. O que me apercebo, todavia, é que mais cedo ou mais tarde teremos de admitir a relevância das pessoas em nossas vidas, seja para o bem, seja para o mau. Sim, as relações que construirmos, ou mesmo as que destruirmos, farão enorme diferença quando ficarmos velhos e frágeis. Tanto poderão nos “cingir” com óleo de alegria, quanto nos tornar o espírito angustiado.

A segunda coisa que o Galileu disse a Pedro foi: “...andavas por onde querias...”. Até aquele dia, o bordão de Pedro era o da música do Gilberto Gil: “o meu caminho pelo mundo eu mesmo faço”. Ele não se preocupava com a dimensão nem com os desdobramentos de suas escolhas e atitudes. Era circunstancial, como um pêndulo, oscilava entre um caminho e outro, sempre de acordo com suas conveniências.

Contudo, na fala de Jesus, suas decisões iriam levá-lo “para onde não queres”. Tudo, absolutamente tudo que fazemos tem repercussões em nossas vidas. Não é a toa que Paulo nos exorta “aquilo que o homem semear, isto também ceifará”. É o princípio da semeadura e da colheita materializando em todos os contornos da existência os desdobramentos das atitudes humanas.

Eu creio que aquele dia foi um dos mais importantes na vida de Pedro. As palavras do Nazareno ecoaram em sua consciência e coração até o último momento de sua vida. Mais tarde, o pescador rude dos mares da Palestina se tornaria um “pescador de homens”, um baluarte da Igreja neotestamentária, um Apóstolo de Jesus Cristo. Sua vida e testemunho foram decisivos para que o Evangelho se espalhasse sobre a Terra e alcançasse os quebrantados de coração.

Reza a tradição da Igreja que Pedro glorificou a Deus morrendo em Roma, no circo do imperador Nero, crucificado de cabeça para baixo, para não se assemelhar em sua morte com o seu Senhor. Foi vestido por outro e levado, conforme afirmava o texto, para o encontro com a morte. Mas sua morte foi apenas o começo de sua verdadeira vida.

Eu já fui como Pedro, quando era moço, independente e impulsivo... Mas os anos estão se passando... Eles têm trazido lições preciosas para vida, porções de graça em doses homeopáticas. As dores e perdas experimentadas na poeira do caminho estão construindo em mim um ser melhor. O tempo da colheita está chegando, pois a semente semeada pelos que andam e choram sempre produz frutos de paz e justiça.

A esta altura da caminhada, aprendi a não esperar mais nada de ninguém, nem mesmo de mim... Estou agradecido por poder apreciar o orvalho que cai sobre a terra a cada manhã para cobrir a vida de misericórdia e perdão.

Ainda desejo construir relacionamentos profundos, com gente boa de Deus, pois os dias difíceis em breve chegarão. Dê-me também o Senhor sabedoria para fazer as escolhas certas, pois elas me conduzirão aos pastos verdejantes, e não ao vale da sombra da morte.

S o l a G r a t i a !

Carlos Moreira

Aonde está você?



Chove lá fora e aqui faz tanto frio. 

Me dá vontade de saber... Aonde está você, me telefona. 

Me chama, me chama, me chama...”


Lobão (músico e compositor)




Solidão é coisa doída. Dói na alma de quem sente como ferro sendo encravado na carne. E me veio a doideira: “Sentiria Deus solidão? Saudade? Melancolia? Essas coisas de gente dor de cotovelo, de consciência, de coração?”.

Sei não. Papo para teólogo, filósofo, da moçada que procura mistérios, que está mais interessada nas perguntas do que nas respostas.

Mas, no “Paraíso”, aberta a consciência de Adão e Eva, degustado o fruto da “árvore do bem e do mal”, descobertas as percepções do ser, o mundo já não era apenas feito de lírios e rosas, pois lá também estavam os cardos e abrolhos.

Sim, perdeu-se a inocência do amor desprovido de reclames, de compensações, de trocas, tudo ficou triste, frio, feio...

Aí Adão cantou: “Tá tudo cinza sem você, tá tão vazio, e a tarde fica sem porquês...”.

Mas foi Deus quem disse “aonde está você?”. A fala de Adão era pura amargura de alma, comiseração de “escolhido” caído, choramingo de neném abandonado.

Falta mesmo, saudade que doeu no peito, sentiu Deus, pois naquela tarde, daquele dia, o “encontro de sempre” foi diferente. Sim, foi diferente, e dali para a frente, jamais foi o mesmo.

“Aonde está você?”, diz o texto de Gênesis 3. “Me telefona. Me chama, me chama, me chama...”. Mas Adão estava surtado com as demandas da “queda”, buscava um jeito de pôr a culpa em alguém e já começara a construir as teologias da terra...

Era necessário, todavia, pôr tudo aquilo de volta no “Caminho”. Aí, a letra se fez verbo, o verbo ser fez carne, a carne se fez sangue, o sangue se fez vida, a vida produziu semente e a semente se espalhou pela terra.

Sim, por conta de tudo isso, não só o entardecer ganhou nova significação no coração humano, mas todo dia, toda hora, todo lugar, uma vez que “o vento sopra onde quer”.

Ontem tive um dia “danado”. Punk mesmo! Dia em que a gente sente que tudo ficou no meio de um grande nada.

À noite, quando deitei na minha cama, e as lágrimas rolaram pelo rosto, vi todos os meus dias diante dos meus olhos. Ao fundo, havia uma enorme retroescavadeira tentando me esmagar entre duas lâminas frias de aço.

Meus ossos estalavam e eu dizia com voz sôfrega: “Pare”. Mas mesmo todas as minhas forças contra ela eram nada.

Foi quando os castelos ruíram, os sonhos se partiram, e eu fiquei catatônico, olhando o teto esbranquiçado do quarto qual lousa de escola em primeiro dia de aula, onde tudo ainda está por se fazer.

Naquele instante, creia-me, me deu uma vontade louca de gritar: “Aonde está você?”. Era como se tudo fosse apenas nada...

A essa altura, eu já sei que por vezes o mundo fica cinzento, e a chuva cai nas ribanceiras da alma, alaga os córregos do coração, sufoca a fala, e até os pensamentos.

É que quando “Ele” sai de cena, a vida fica sem porquês... Eis a grande tragédia humana: o dia da indisponibilidade de Deus, o dia em que o telefone está ocupado, e você fica apenas repetindo: “Aonde está você?”...


Carlos Moreira

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